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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Comida e prazer!

Quando a gente é criança, até uns 9 anos, nossos problemas são fome e tédio. Se temos a barriga cheia e alguma brincadeira legal, estamos felizes . Quando crescemos um pouco, lá pelos 12, 13, as necessidades são as mesmas, comida e prazer. Acontece que os prazeres vão um pouco além das brincadeiras de carrinho e bonecas. Aprendemos os prazeres do nosso corpo. E do corpo dos outros! Lá pelos 18 até os 24, nossos problemas continuam os mesmos: fome e tédio, comida e prazer. Mas nossos prazeres são mais elaborados. E mais complexos. Não somos mais crianças, já podemos dirigir e entrar no motel. Às vezes temos problemas em administrar prazeres. Queremos muitas coisas e temos pouco tempo...

Existe a escola, a faculdade, que até serve para uns como um prazer. Amigos, festas, coisas leigais. Para outros ela é encheção de saco. Mas a escola serve pra gente se preparar, pois, sem ela, pra maioria das pessoas, a gente não consegue emprego. Sem emprego, não há dindim, sem dindim, não dá pra comprar prazeres. Nem comida.

Os chatos vão falar que dá pra ter prazer sem dinheiro e eu até concordo que dá pra ter vários prazeres sem dinheiro. Mas com dinheiro dá pra ter mais... 

Daí, a pessoa se enfurna no trabalho. Afinal, mais trabalho é mais dinheiro. Mais dinheiro é mais prazer. Not. Mais trabalho é menos tempo. Menos tempo é menos prazer. E ai? Como faz pra equilibrar? Como faz pra ir pra Paris ser infeliz?  Por que eu só quero ser infeliz se for em Paris, bebendo champanhe nacional. Ou a pessoa tem dinheiro e não tem tempo ou a pessoa tem tempo e não tem dinheiro. Ah tá, férias, né? 20 dias de ano em ano, né? Que beleza!

E quando a pessoa tem filhos? Filhos são o maior prazer desse mundo. Mas, na real, seu tempo fica curtinho, né? Sabe aquelas férias de 20 dias? Pois é. É seu momento de poder passar as tardes com os pequenos... Bye bye Paris, sacou?

Tenho inveja dos autônomos satisfeitos e com tempo livre e que têm prazer trabalhando. As vezes eu tenho prazer. E normalmente é quando acabo de fazer algo torturante. Ou difícil. Ou torturante e difícil...

A sorte é que esse simplismo assim é tosco de tão idiota. Nada disso é simples. Não dá pra falar de modelo em se falando de vida. A não ser simplificando o modelo. Não dá pra simplificar a vida, né?

Escrevi coisas que não tinham nada a ver com o que eu queria escrever, mas foi o que deu pra fazer.

Viva a vida complexa e louca e cheia de altos e baixos! Viva o agora!Viva o prazer de estar vivo agora!

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