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domingo, 12 de junho de 2011

Havia um plano.


havia um plano, havia um motivo, uma razão qualquer, desconhecida, para o tudo que nos aconteceu. havia um sentido escondido por trás daquelas sensações dissonantes e beligerantes. como se fosse um prazo final, inadiável, no qual até ele, tudo, absolutamente tudo, fosse preciso ser resolvido. dentro do olho do furacão não se vê sua força, nem sua destruição nem sua beleza, sua capacidade de modificar o mundo.

seria tão bom se pudéssemos ser condutores de nossas mudanças. nós próprios diríamos o que mudar, quando e em que tempo. enfrentaríamos dores na medida em que nos sentíssemos preparados à enfrentá-las, venceríamos desafios tendo a certeza de que poderíamos vencê-los, faríamos tudo dentro das nossas capacidades.

mas, e ai? onde estaria a surpresa? onde estaria a superação que nos mostra que somos melhores (ou piores) do que realmente somos? e quem disse que teríamos a consciência das coisas que teríamos que enfrentar? somos as vezes acomodados com a vida que levamos. nos adaptamos aos problemas, às pedras nos sapatos, e caminhamos com aquela dor que o tempo anestesia. ou pior, não mudamos porque só sabemos fazer as coisas daquele jeito, daquela forma e, se as coisas não mudam por si mesmo, não aprendemos novos jeitos de viver e crescer.

havia um plano. um motivo por trás do caos. um sentido naquele vendaval. e, sem saber exatamente qual era esse sentido, pois o vento, se não venta forte como antes, ainda tem a força para derrubar casas, e cá ainda estamos no olho do furacão, posso já dizer que ele nos levou a outro lugar. um lugar onde nós já não somos o que éramos antes. um lugar onde as coisas estão fora do lugar. mas que esses são seus novos lugares.

não nos resta opção senão confiarmos nesse plano e nas razões alem dos nossos sentidos. e confiarmos que nem tudo está sob nosso controle e que, sim, há algo que, involuntariamente nos move.

confiemos no plano.


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