E hoje, depois de um bom tempo longe, me deu vontade de escrever. To meio com vontade de
falar sobre tudo, mas acho que não é aqui o lugar pra isso.
Dai, resolvi fazer uma lista, simples, sem me estender
muito, das coisas que passam na minha cabeça. De repente, listando assim, eu me
organizo (e me animo) e alguma coisa flui. Vai que assim funciona.
Queria escrever sobre o porquê de eu ter parado de escrever.
Não que eu saiba, mas se eu escrevesse, talvez eu começasse a entender.
Queria escrever sobre auto-suficiência. Mas, assim,
escrevendo a palavra e me deparando com a dúvida de não saber escrevê-la sobre
as novas regras ortográficas, acho que não seria um bom tema. Afora essa dúvida
semântica, quando eu falo em auto-suficiência, penso no quanto nos bastamos em
nós mesmos. Tenho pensado muito nisso e os resultados desses pensamentos têm me
deixado muito feliz. Seria um texto com o título “eu me amo”. Acho que esse,
invariavelmente, saí.
Queria escrever um texto sobre trabalho, crises
profissionais, procura de emprego. Sabe aquela coisa de parar um dia e se
perguntar “o que é que eu estou fazendo?” e refletir sobre o quanto de fato
realmente escolhemos nosso destino
ou o quanto somos levados por ele? Então. Profundo isso, né? Sei se
tenho competência técnica pra falar disso, mas tenho grandes dúvidas e acho que
daria pro gasto.
Eu faria um conto novo. Ou dois ou três. As idéias estão
aqui, guardadas, fermentando, amadurecendo. Se não virarem história, apodrecem. Enfim, essas eu tenho
obrigação de colocar pra fora. Talvez a crise profissional e a questão de
auto-suficiência viessem numa história. Com morte e sexo, evidentemente.
Eu falaria em outro texto da minha felicidade. Ou talvez
não, pois, ela é minha e, das coisas que eu aprendi recentemente, tem coisas
que não precisam de divulgação. Menos é mais. E esse parágrafo aqui foi só pra
dizer que eu estou feliz e pronto. Basta.
Queria escrever um texto falando da minha viagem pra
Bonito-MS. Não posso fugir do obvio e deixar de falar que a cidade é bonita.
Alias, a cidade, pois fui a três municípios. Houve algo de mágico nessa viagem,
nos lugares incríveis que eu conheci, nas sensações que eu tive, da velocidade
do tempo. Ah, o tempo, sempre ele. Bonito é uma viagem que eu não vou esquecer,
certamente. Essa talvez seja o próximo post...
E misturando a viagem de bonito com a questão (recorrente) de auto-suficiência, poderia sair um texto sobre a relação individuo e coletividade. Tive essa conversa ao longo de um trilha em bonito. Não lembro como ela começou e lembro que ela terminou pois foi interrompida pela visão de uma delicia de cachoeira. Mas dava pano pra texto. Se dava...
E falando em viagem, eu deveria escrever sobre a próxima,
daqui a uma semana. Longe de mim fazer um texto descrevendo preparativos de
viagem, pois há 200 mil blogs e sites muito mais competentes que eu,
evidentemente. Mas, como esse blog aqui é meu, falar da minha ansiedade me
agradaria. Mas talvez eu não conseguisse. Imaginei-me agora escrevendo sobre
isso e meu estomago embrulhou... Então, passo...
Há muito o que falar, mas, então, não foi dessa vez. Mas, em
breve, eu volto.